Sindicato dos Servidores Públicos (Sinserpu-JF) e funcionários denunciam a falta de estrutura e as condições de trabalho no Canil Municipal de Juiz de Fora, que é administrado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb). Falta de assistência veterinária e condições de higiene do local estão entre as reclamações. A administração do Demlurb negou que haja negligência nos cuidados com o local e que alguns problemas são pontuais.
Cerca de 600 animais, entre cavalos, cães e gatos, recolhidos na rua e abandonados estão no canil. Segundo um dos diretores do sindicato, Joaquim Tavares, o local está com esgoto a céu aberto, sem capina, banheiro e cozinha em más condições e falta de geladeira para guardar alimentos.
O “Parcão”, espaço de lazer exclusivo para os animais, nunca foi usado, segundo funcionários, porque o portão está emperrado. Uma testemunha, que não quis se identificar, diz que não tem nenhuma orientação para trazer os animais para o parque. “Eles ficam o dia todo confinados”, afirmou.
O fim do esgoto a céu aberto é uma reivindicação antiga de funcionários e moradores. Com a situação, é comum a presença de ratos na região. “Os ratos comem a ração dos animais, contaminam a água e até mesmo o saco de ração, fazendo com que o funcionário possa contrair alguma doença”, informou a mesma testemunha.
Além disso, os colaboradores falam que somente os concursados recebem a vacina antirrábica. Uma funcionária do Demblurb trabalha no local há um ano e diz que não recebeu nenhuma orientação sobre os cuidados que deveria ter com a saúde e higiene. “Um certo dia, teve uma castração aqui e, quando eu fui pegar um animal, ele mordeu a minha mão. Eu fiquei com o dedo três dias imobilizado”, contou a mulher.
O diretor administrativo do Demlurb, Marcel Fernandes, explica que o problema de coleta de esgoto no canil é pontual, podendo haver entupimento em alguns casos.
“Um projeto na Cesama, onde existe um coletor na Rua Inês Garcia que deságua em Barbosa Lage, está em fase de aprovação no Ministério das Cidades para ver o recurso de Juiz de fora e implementação, que chega até o canil ou região para que o esgoto seja tratado em Barbosa Lage”, disse o diretor.
Quanto à presença de roedores, o diretor conta que o trabalho do setor de zoonoses é eficiente e, quando há infestação, o órgão pode comparecer no local mais de uma vez ao mês. Ele informou ainda que houve reforma de um banheiro feminino e um vestiário masculino. Quanto às vacinas, Fernandes conta que vai averiguar a situação junto à Secretaria de Saúde. Um veterinário também vai ser contratado para o canil, que, atualmente, conta com o apoio de três clínicas veterinárias.
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Fonte: TV Integração – G1.com
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