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21/02/2018

Entidades sociais paralisam atividade e protestam contra irregularidades no Chamamento Público da PJF

 

Manifestação acontecerá no próximo dia 22, nas escadarias da Câmara Municipal.

Em reunião realizada ontem (7/02), no salão do SINSERPU-JF com representantes das entidades de assistência sociais sobre o chamamento público da PJF, a assessoria jurídica do sindicato comunicou uma novidade. O Ministério Público acatou a abertura de inquérito civil para cada edital do chamamento público. 
De acordo com a advogada do sindicato, Elisângela do Nascimento, essa é uma decisão positiva para as entidades locais, por significar que a promotoria entendeu que houve, sim, irregularidade no processo. Com objetivo de protestar contra a iniciativa arbitrária da Administração Municipal, haverá uma paralisação dos funcionários das entidades sociais lesadas pelo certame no próximo dia 22, com uma manifestação marcada para as 10h, nas escadarias da Câmara.

Inquérito civil
O Ministério Público solicitou ao município que prestasse informações sobre cada um dos dezesseis editais relacionados ao chamamento público. Devido à mobilização das entidades, do sindicato e dos movimentos sociais o Executivo, avesso ao diálogo e condutor do processo de forma autoritária, convocou os representantes das entidades para uma reunião na Escola de Governo, no último dia 7.

Sem vínculo
Segundo o presidente do SINSERPU-JF, Amarildo Romanazzi, os representantes das entidades sociais estão no caminho certo. “Lutamos pela manutenção da assistência social pela AMAC e pelas entidades locais, impedindo que esse trabalho seja transferido para organizações forasteiras, sem nenhum vínculo com o município”, disse o presidente Amarildo. 
Para o presidente da FESERP, Cosme Nogueira, a PJF quer quebrar o modelo de assistência social da cidade, tradicional e premiado. “Precisamos defender o que é nosso”, disse. De acordo com Cosme, as irregularidades apontadas no chamamento público são fortes o bastante para inclusive exonerar o secretário de Desenvolvimento Social. “Ele não dialoga com as entidades, não age com clareza e não pensa como cidadão dessa cidade”, argumentou.

Contra o fim das entidades
O presidente do sindicato Amarildo, por sua vez, convocou a população em geral a aderir ao movimento em favor do município, além dos funcionários e dos usuários dos programas. Ele lembrou que se os editais ilícitos forem aprovados, entidades como Abrigo Santa Helena, Instituto Dom Orione e AMAC deixarão de prestar seus serviços, causando grandes prejuízos a trabalhadores e beneficiários das entidades.


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