Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada na noite desta terça-feira (14 de dezembro), os funcionários da AMAC aprovaram, por unanimidade, a Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2022 e a autorização para uma possível celebração de dissídio coletivo. “Foi uma reunião bastante importante, com representantes de todos os segmentos da Associação: servidores das creches, CRAS, dos Curumins e o pessoal da manutenção e dos abrigos”, destacou o diretor de Relações de Trabalho do SINSERPU-JF, Júlio Mendonça, que é funcionário da AMAC.
A Pauta de Reivindicações da categoria aprovada tem 10 itens (veja abaixo), com destaque para o pedido de isonomia no reajuste salarial, uma vez que os trabalhadores das creches receberam, merecidamente, uma reposição salarial de 4%, não estendida aos demais.
A questão do dissídio coletivo, por sua vez, será usada na hipótese de as negociações coletivas não avançarem. “A aprovação na Assembleia é o início de tudo, pois temos que cumprir os prazos visando a data-base que é primeiro de março”, explicou a assessora jurídica do SINSERPU-JF, Elisângela Márcia do Nascimento.
Durante a Assembleia desta terça-feira, os trabalhadores reclamaram da “brutal defasagem salarial”, fruto de anos sem reajustes salariais, de perdas constantes de direitos (como o triênio e o ticket alimentação) e dos valores exorbitantes do Plano de Saúde disponibilizado pela direção da AMAC.
A Pauta da Campanha Salarial 2022 da AMAC:
1) Recomposição salarial do período, 2021 a 2022, pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo);
2) Adesão a um plano de saúde, contemplando toda a categoria;
3) Cumprimento da concessão do ticket alimentação, conforme acordo coletivo;
4) Isonomia no reajuste salarial – mesmo índice concedido aos funcionários das creches (4%)
5) Promoção por mérito e antiguidade, deixando, por exemplo, de contratar uma pedagoga e buscando a profissional nos quadros da AMAC, evitando, assim, a contratação externa;
6) Licença maternidade de 180 (cento e oitenta) dias e licença paternidade de 10 (dez) dias;
7) Licença para acompanhamento de familiar enfermo de 30 (trinta) dias por ano;
8) Condições dignas de trabalho, manutenção da frota de veículos e fornecimento de equipamentos de segurança do trabalho;
9) Criação de adicional de risco para os funcionários que laboram suas atividades diretamente com os cidadãos de rua e nas Casas que laboram suas atividades 24 horas, garantindo a proteção desses profissionais que tem sofrido muitas agressões no local de trabalho;
10) Publicação de salários no Portal da Transparência da AMAC, no site da Associação.
O documento foi protocolado na AMAC (foto 4) na tarde desta quarta-feira (15 de dezembro), pelos diretores do SINSERPU-JF Júlio Mendonça e Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva (presidente do Sindicato)
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