Em Assembleia convocada pelo SINSERPU-JF, na manhã desta sexta-feira (10 de março), os servidores públicos municipais de Juiz de Fora decidiram rejeitar a proposta da Prefeitura. Eles reivindicam, no campo financeiro, reajuste salarial de 10% (além do IPCA do período, 5,79%) e ticket-alimentação de R$ 500,00 (estendido a todos os servidores e sem perdas em caso de atestado médico). A Prefeitura só ofereceu o IPCA, 5,79%, retroativo a janeiro (data base do funcionalismo) e o mesmo índice de reajuste para o vale alimentação e para o limite para recebimento do benefício. Os trabalhadores aprovaram a realização de uma série de atividades para os próximos dias, em protesto contra a postura da Prefeitura – E neste sentido foi criado um núcleo para coordenar essas atividades, formado por integrantes do SINSERPU-JF e das associações que representam os auxiliares de serviços, assistentes de administração, motoristas e o pessoal da Saúde.
“Foi movimento democrático, onde a categoria de forma brilhante mostrou a sua capacidade de mobilização, com muita garra, coragem e determinação. Demostraram para a Administração Municipal suas aflições, anseios e insatisfações”, avaliou o presidente do SINSERPU-JF, Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva. “É preciso que o servidor fique em alerta, pois marcaremos uma nova assembleia assim que tivermos uma contraproposta digna e justa da Prefeitura”, completou.
Em seus discursos, na escadaria da Câmara e no percurso entre a Câmara e a Prefeitura, o vice-presidente do SINSERPU-JF, Cosme Nogueira, denunciou a questão do transporte coletivo urbano da cidade (o “faz de conta” que o sistema contempla a nossa população), o “faz de conta” do fim de espera nas creches e o enriquecimento dos empresários que exploram as terceirizações.
Após a Assembleia, realizada nas escadarias da Câmara Municipal (Parque Halfeld, centro da cidade), os trabalhadores seguiram em passeata até o prédio da Prefeitura. No trajeto, cobraram a promessa de campanha da atual prefeita de “promover a recomposição das perdas salariais e a valorização dos servidores”. No prédio da PJF, os diretores do SINSERPU-JF Francisco Carlos, Francesca Milagre, Luiz Gustavo Nascimento e Vanilson Gomes de Oliveira e representantes da categoria foram recebidos pelo secretário municipal de Recursos Humanos, Rogério Freitas – quando ficou acertada a realização de uma nova reunião, mais uma rodada de negociações, para a próxima semana.
A pauta de reivindicações, aprovada em 30 de novembro, é bastante extensa, principalmente porque inclui pontos da Campanha Salarial de 2022, não atendidos pela Administração Municipal – E essas negativas foram os motes principais da Assembleia.
O tema também está presente no manifesto que vem sendo distribuído pelo SINSERPU-JF desde segunda-feira (6 de março). “Nas negociações da data base deste ano está ficando evidente a cada momento que a metodologia será a mesma: ganhar tempo para ‘nos empurrar com a barriga’. No ano passado a Administração pediu a compreensão dos servidores em aceitar apenas a reposição inflacionária, pois muitas demandas eram prioridades, mas fica claro a cada momento que a recomposição salarial dos servidores municipais da base do SINSERPU-JF não é prioridade”, diz trecho do documento.
A Pauta Geral tem demandas que vão da necessidade de abertura de concurso público (para fortalecer o Fundo de Previdência e acabar com os contratos temporários) a urgência da participação efetiva dos servidores, através de comissões, na discussão do novo Plano de Cargos e Salários do funcionalismo, passando pelo pedido de aplicação do Piso Nacional da Enfermagem e da jornada de 30 horas para os assistentes sociais. Essa pauta, geral, pode ser consultada no site do Sindicato, www.sinserpujf.com.br/servicos/ , juntamente com as demais, específicas de cada categoria: Agentes de atendimento ao público; agentes de Trânsito, assistentes de Administração; auxiliares de Odontologia; auxiliares de Serviços Gerais; DEMLURB; EMPAV; fiscais de posturas; FUNALFA; guardas municipais; motoristas; Saúde, e os servidores da Prefeitura oriundos da AMAC, da Secretaria Municipal de Obras e de urgência e emergência na Saúde.
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