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Conferência Do Meio Ambiente
24/01/2025

Com participação do SINSERPU-JF, CONFETAM debate estratégias para emergências climáticas nos municípios

A CONATRAM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Municipais) e a CONFETAM /CUT (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) realizaram, nesta quinta-feira (23 de janeiro), a 1ª Conferência Livre de Meio Ambiente. O evento, que aconteceu de forma virtual pela plataforma Zoom, reuniu especialistas, lideranças sindicais e servidores municipais para discutir o papel estratégico dos trabalhadores municipais no enfrentamento das emergências climáticas. Diretores do SINSERPU-JF participaram e o vice-presidente do Sindicato, Weber Wagner, contribuiu para o debate ao compartilhar, a pedidos, trecho do livro “Novos Rumos do Direito Ambiental” – justamente o que analisa a legislação ambiental para a área protegida. A obra traz dados que escancaram a escassez de legislação que regulamente a proteção ambiental no Brasil. Por exemplo: nosso país, com um território de 8,5 milhões de km², tem apenas um artigo na Constituição, e ainda sem regulamentação; para efeito de comparação: Portugal, com território de 92,2 mil km² conta com cerca de cinquenta dispositivos específicos para a proteção ambiental.
Com o tema central “A atuação dos municipais nas situações de emergências climáticas”, a conferência teve uma programação robusta. A abertura foi conduzida por Jucélia Vargas, presidenta da Conatram/Confetam, que destacou a importância do protagonismo dos trabalhadores neste momento crítico. “Esta conferência reafirma o compromisso da classe trabalhadora com a preservação do meio ambiente e a construção de um futuro mais sustentável para todos”, afirmou Jucélia.
Euan Gibb, secretário Regional para Interamérica da ISP, trouxe reflexões sobre a relevância da articulação internacional para a justiça climática. Já Roselina Amorim, secretária Nacional de Meio Ambiente da CUT, reforçou a necessidade de políticas públicas que aliem preservação ambiental e qualidade de vida para as populações mais vulneráveis.
Eixos estruturantes e desafios do clima – Irene Rodrigues, secretária de Políticas Públicas e Sociais da Conatram/Confetam, apresentou os eixos estruturantes da conferência, que incluíram mitigação, adaptação e prevenção de desastres climáticos. Durante sua fala, Irene destacou: “Precisamos fortalecer a base, ouvir os trabalhadores e construir estratégias que conectem o local ao global, promovendo justiça climática de forma abrangente.”
João Cayres, secretário Subregional da ISP, abordou o impacto direto das crises climáticas no cotidiano da população e a responsabilidade dos servidores municipais em ações de mitigação e adaptação. Ele destacou a necessidade de pensar em soluções que contemplem as pequenas ações cotidianas e mudanças estruturais, como políticas públicas que integrem preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
“Quando falamos de emergências climáticas, é impossível não reconhecer o papel dos trabalhadores que estão na linha de frente, como agentes de saúde, servidores da defesa civil e trabalhadores de limpeza pública. Eles precisam de condições adequadas e políticas de valorização para enfrentar esses desafios”, afirmou Cayres.
Relatos dos municipais – O momento dos relatos foi enriquecedor. Dilma Gomes e Silvana Piroli compartilharam experiências práticas relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul e às queimadas no Brasil. Os exemplos mostraram a importância da atuação local e do engajamento das comunidades no enfrentamento dos desastres climáticos.
Numa das intervenções, Neiva Esteves, dirigente do Sindsep Quixadá e da Fetamce, fez uma fala contundente ao denunciar o governo do Ceará. “O governo, que nós ajudamos a eleger, libera a pulverização de agrotóxicos com drones, mesmo tendo algumas ressalvas, mas nós não temos acordo com essa medida. Não dá para fazer de conta que não estamos enxergando os problemas. Hoje, estamos afetados por diversas catástrofes”, afirmou.
Compromisso com o futuro – À tarde, Aldenora González, presidenta do Instituto Eco Vida, mediou a discussão sobre justiça climática no Brasil e a preparação para a COP 30. O evento culminou na plenária final, que aprovou propostas para a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e elegeu o delegado que representará os trabalhadores municipais nesse importante espaço de debate.
As propostas aprovadas reforçam a necessidade de ampliar as políticas públicas municipais voltadas ao meio ambiente, fortalecer a conscientização popular e garantir condições dignas de trabalho para os servidores que atuam diretamente nas crises climáticas.
“Esta conferência não é apenas um espaço de debate, mas uma construção coletiva de estratégias para o enfrentamento das crises que já estão impactando nossas vidas e nossas cidades”, concluiu Jucélia.
Texto e foto: site da CONFETAM

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