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Conferencia macrorregional saúde sexta 1
25/04/2025

Mais dois eixos temáticos na Conferência Macrorregional de Saúde do Trabalhador, com a presença do SINSERPU-JF

Na tarde desta sexta-feira (25 de abril), primeiro dia da 5ª Conferência Macrorregional De Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, mais dois eixos temáticos foram debatidos: “As Novas Relações de Trabalho e a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora” – com os conferencistas Ignácio Delgado (Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade), Antônio Carlos Ribeiro Filho (Auditor Fiscal do Trabalho) e João César da Silva (Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora), e “Participação Popular na Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadora para o Controle Social” – a cargo de Fernanda Lou Sans Magano (presidente do Conselho Nacional de Saúde), Geraldo Heleno Lopes (conselheiro estadual de Saúde) e Franklin Leandro Neto (Diretor da Gerência Regional de Saúde de Ubá).
O SINSERPU-JF participa das discussões com a diretora Administrativa Denise Medeiros e o diretor de Base Luciano Ferreira da Cruz, escolhidos na etapa municipal da Conferência, realizada entre os dias 9 e 12 de abril.
Amanhã (sábado/26 de abril), segundo dia da Conferência, os trabalhos em grupo começam às 9h, com análise, por equipe, dos três eixos temáticos – o primeiro, abordado na manhã desta sexta-feira, é “Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”. À tarde, a partir das 13h30, tem Trabalhos de Relatoria e, em seguida, Plenária Final e a escolha dos delegados para a etapa Estadual da Conferência.
Leia abaixo, um artigo sobre o tema escrito pela diretora Administrativa do SINSERPU-JF, Denise Medeiros
O Mundo do Trabalho no Contexto das Novas Tecnologias e Inovação
O mundo do trabalho passa por uma transformação profunda impulsionada pelas novas tecnologias, inovação constante e a aceleração digital. Essas mudanças estão reconfigurando as relações de emprego, os perfis profissionais e a própria noção de trabalho, exigindo uma revisão crítica de como as sociedades se organizam diante desse cenário.
Segundo Marks, há uma exigência crescente de um saber social geral, ou seja, um conjunto de competências que vão além da formação técnica tradicional. Esse saber inclui o domínio básico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), criatividade, cultura digital, comunicação eficaz em português, raciocínio lógico e matemático, além de uma disposição colaborativa, essencial para o trabalho em rede e em ambientes inovadores. No entanto, o Brasil enfrenta um desafio importante: a escassez de mão de obra qualificada, muito associada aos baixos salários, que desestimulam a especialização e o desenvolvimento profissional em larga escala.
A relação de emprego formal, tradicionalmente a principal porta de entrada no mercado de trabalho, já não é mais a única. O surgimento e crescimento das startups, por exemplo, têm reconfigurado uma parte importante das atividades econômicas. Essas empresas operam de maneira ágil, com estruturas horizontais, muitas vezes baseadas em inovação e tecnologia, o que exige novos tipos de profissionais e formatos de trabalho. Nesse contexto, o trabalhador autônomo também ganha destaque — ainda que algumas ocupações, como a do pedreiro, ainda estejam longe de serem substituídas pelas máquinas, devido à complexidade e à adaptabilidade que exigem.
Estamos diante de um mundo novo, no qual o trabalho tende a se tornar menos mecânico e mais tecnológico. As tendências apontam para o uso crescente de Inteligência Artificial (IA), incluindo a IA generativa, que é capaz de criar textos, imagens e até códigos de programação. No entanto, essas tecnologias também geram novos dilemas: para manter data centers funcionando, por exemplo, o consumo de energia e os impactos ambientais são enormes. Isso exige um equilíbrio entre avanço tecnológico e sustentabilidade, levando-nos a pensar globalmente e agir localmente.
Outro ponto crítico são as profissões ameaçadas pela automação. Estima-se que até 80 ocupações podem desaparecer nos próximos anos, principalmente aquelas baseadas em tarefas repetitivas e previsíveis. Isso exige uma ação coordenada de governos, empresas e sociedade civil para preparar as pessoas para as novas exigências do mercado, criando políticas de requalificação e apoio à transição profissional.
A jornada de trabalho também deve ser repensada. Com o avanço das tecnologias, torna-se possível adotar modelos mais flexíveis, que valorizem a produtividade e o bem-estar, sem necessariamente seguir o padrão das 8 horas diárias. Cabe agora identificar quem vai lutar para garantir que essas transformações beneficiem a maioria da população — e não apenas os grandes centros tecnológicos e os setores mais privilegiados da sociedade.
Portanto, o desafio é coletivo: tornar o trabalho mais inclusivo, criativo, sustentável e conectado com as reais necessidades humanas em um mundo em constante mutação.

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